quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

é foda!

achei uma pasta.. perdida em um backup antigo e redescobri você...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PRÓLOGO

No princípio havia o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava, no princípio, junto de Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada que se encontra feito se faria. Nele havia vida, e avida era a luz dos homens e a luz brilhava na treva, e a treva não a reteve. Houve  um homem, enviado da parte de Deus, cujo nome era João, que veio pra testemunho, a fim de testemunhar a respeito da luz, para que todos cressem por meio dele; não era a luz, mas {veio} para que testemunhasse a respeito da luz. Ele {Jesus} era a luz verdadeira, que ilumina todo homem que vem para o mundo. Estava no mundo, e o mundo por meio dele foi feito, e o mundo não o conheceu. Veio para suas próprias coisas, mas os seus não o acolheram. Mas a todos que o receberam, deu-lhes, aos que creem no seu nome, o poder de se tornarem filhos de Deus, e os que não foram gerados nem de sangue, nem de vontade da carne, nem da vontade de homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e tabernaculou entre nós, e completamos a sua glória, semelhante à de Unigênito juunto do Pai, pleno de graça e verdade. João testemunha a respeito dele e tem clamado dizendo: “Este era aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é antes de mim, porque existia primeiro do que eu, pois da sua plenitude todos nós recebemos graças sobe graças”. Porque a Lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu Deus; o que está no seio do Pai, deus unigênito, este o explicou.

Evangélio de João Cap. I

1

Anunciação. Bento Coelho (c. 1655)

sábado, 16 de outubro de 2010

saudades…

Se eu morresse de saudade
Todos iriam saber
Pelas ruas da cidade
Todos poderiam ver
Os estilhaços da alma
Os restos do coração
Queimado, pobre coitado
Pelo fogo da paixão
Se eu morresse de saudade
Mandariam lhe prender
O povo suspeitaria
Que o culpado foi você
O seu retrato estaria estampado em cada grão
Do que em mim restaria
Feito areia pelo chão
Fantasia, fantasia, sedução
Desde o dia em que eu segurei sua mão
Se eu morresse de saudade
Nunca iria conhecer
O prazer da liberdade
O dia de lhe esquecer
Se eu morresse de saudade
Não poderia dizer
Que bom morrer de saudade
E de saudade viver!

 

Maria Bethania

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Súplica!

As Rosas não Falam

Inquietação

Le Torment

ela estava inquieta.

seu coração palpitava diferente dentro do peito. fumava mais um cigarro compulsivamente. lembrava que na noite anterior não havia dormido; e pensava como podia viver assim: inquieta!

no lado direito da cama, dormia sereno seu pequeno menino. moreno, de olhos profundos, boca seca pela respiração que saia e entrava num ruído monótono. olhava pra ele imaginando que vida era aquela que o esperava; e toda vez que pensava seu peito espremia.

levantou-se, gotejou o floral que a amiga lhe dera, respirou fundo pedindo ao céu que abrandasse seu coração.

tinha medo de tudo naquele momento… de não dar conta, de ter que dizer que sabe das coisas sem saber o mínimo de si.

andou pela sala, abriu a janela porque sentiu calor, mas logo a fechou - na serra as madrugadas constumam ser frias. queria aliviar a febre mas sentia calafrio…

rezou baixinho: – pelo amor Deus…

domingo, 11 de abril de 2010

Le temps morts























Tenho as mãos atadas ao redor do meu pescoço
Eu queria mesmo era tocar seu corpo
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos e depois?
Depois toco meu corpo eu tenho frio
Sou um louco amargurado e até vazio
E me chamam atenção
Mas eu sou louco é de paixão e você?
Você que me retire desse poço
Eu sei ainda sou moço pra viver
E te ver assim tão crua
A verdade é toda nua
E ninguém vê

Eu tenho as mãos atadas sem ação
E um coração maior que eu para doar
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos sem querer
Eu quero é me livrar
Voar
Sumir
Perder não sei, não sei, não sei querer mais
A qualquer hora é sempre agora chora
Quero cantar você
Vou fazer uma canção liberte o meu pensar
Aperte os cintos pra pousar
Agora é hora de dizer muito prazer sorte ou
azar e amar
Simplesmente amar você

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Então é assim que começa...

Amor Vincit Omniac. 1601-02
Oil on canvas75 1/4 x 58 1/4 in (191 x 148 cm)
Gemaeldegalerie, Berlin


Então… pode-se dizer que assim começa a nossa história. Sem um grande final. Mas há quem acredite que ainda existe muito a que se contar pelo futuro ainda não vivido. Mas essa é outra parte da história que, ao seu tempo, vou-lhes contar. Entretanto, o que agora faz-se importante dizer é do amor que insiste em latejar dentro de nossos corações embaçados por sentimentos de medo.
Naquela tarde de inverno, nossas almas se amaram para valer; se entregaram a iluminação de uma beleza sem par em nossas histórias individuais. Havia silêncio pleno, rostos iluminados, olhares de satisfação, corpos nus. Tudo se enquadrava como numa película de cinema: a cor do quarto, sol frio e amarelo entrando pela janela, roupas displicentemente jogadas pela casa, ecos de gargalhas e sorrisos agora já em silêncio íntimo...
Era preciso muita dissimulação para tudo aquilo não ser verdade absoluta e inequívoca. Embebidos de todos os sentimentos cegos que só a paixão confere ao ser humano, nada podia estar ou ser errado naquela tarde de inverno. Nossos corações se prometiam a um futuro imaginado... perfeito. Mas as horas andam sem que possamos frear o tempo, e aquela tarde se foi.
Houve malas prontas... beijos apertados no corredor, abraços sufocantes e cálidos com uma dor de despedida que não se cabia, porque afinal, no final de semana seguinte havia a promessa do reencontro. Mas ali tinha uma pequena dor incômoda e ligeira ao segurar mala, casaco, bolsa no caminho à porta. Por quê? Não sabia, o que hoje sei e o que me leva a escrever estas linhas.
***
Lá estava eu novamente sentado em minha cadeira envolto a papéis e planilhas compenetrado nos projetos que caminhavam sob a minha coordenação, quando ela, leve como uma avalanche, entra; rosto marejado por lágrimas presas na garganta, face branca manchada de vermelho, como borrifos de sangue; anda de um lado para o outro tentando buscar um sentido para sua presença estranha em minha sala.
Claro que eu perguntei o que estava acontecendo! Mas a insistência pelo “nada” era por de mais falsa. Claro que existia alguma coisa nada profissional a ser despejado em mim, sobre a minha mesa, cadeira, planilhas, papéis. E mais uma vez o “nada” se repetia em sua voz engasgada. Foi, por isso, que eu me levantei. Fui até perto dela, que se esquivava e chorava mais, segurei-a pelo braço, em olhar profundo, e pedi: “Diz! Por favor, o que acontece!?”.
E ali fiquei sabendo da mais pérfida teia de intriga, que nesse meu tempo de vida, pude ser envolvido.